O abraço de cada dia – aos pais

Refletir sobre o dia dos pais me fez recordar um fato da minha adolescência. Num final de tarde quente e agitado de uma semana em que espinhas afloravam na minha pele, minha mãe chegou em casa contando sobre uma amiga de trabalho que tinha me visto na rua andando de cavalinho nas costas do meu pai. Meu pai, nos dias em que estava com a família em casa (viajava muito a trabalho), sempre foi muito carinhoso e amigão, apesar de bravo também.

Embora não seja correto transferir para Deus os atributos do nosso pai na terra, é importante ressaltar os atributos do Pai Celeste no exercício da paternidade. Digo isso porque “ainda que me abandonem pai e mãe, o Senhor me acolherá”Salmos 27:10.

Na conhecida oração do Pai Nosso podemos facilmente identificar a paternidade de Deus em relação a nós, seus filhos:

  • …ora a teu Pai que está em secreto: Jesus nos fala de um Pai que ouve o mais secreto dos desejos do nosso coração, aquilo que ninguém vê, o nosso Pai vê;
  • …porque o seu Pai sabe do que vocês precisam: o Pai Celeste nos conhece com tamanha profundidade que sabe tudo o que necessitamos, não precisamos ficar com mimimis ou repetindo palavras, podemos ter um papo direto e reto com o nosso Pai;
  • …Pai nosso que estás nos céus: Ele é o Pai de todos, não exclui, esquece ou abandona ninguém, não nega a paternidade a qualquer um de seus filhos, basta chamá-lo: Pai Nosso, Aba Pai, Paizinho! Temos livre acesso ao nosso Pai;
  • …dá-nos o pão de cada dia: Ele mantém um relacionamento diário de provisão e manutenção dos seus filhos, cuidado no dia a dia, na dinâmica da nossa rotina, Ele supre;
  • …perdoa as nossas dívidas: considera quitada a dívida por meio de Jesus Cristo, simplesmente rasga o título de devedor de todos aqueles que pedirem remissão. Perdoa de verdade, não é vingativo e não remói as nossas falhas;
  • …livra-nos do mal: prevenção, proteção e afetividade, como Pai bondoso, onisciente, onipotente onipresente que é, nos ajuda nas fraquezas e ampara no dia mal.

Enfim, esse vínculo paternal de Deus em relação a nós, é real e pode ser desfrutado por mim e por você que nos lê, independente das circunstâncias paternas terrenas. Somos filhos de um Deus todo poderoso, criador, mantenedor, que nos absolve por meio de sua graça infinita e nos chama de filhos (“…tragam os meus filhos… todo o que é chamado pelo meu nome, a quem criei para a minha glória, a quem formei e fiz”Isaias 43:7).

Não apenas neste dia dos pais, mas todos os dias deixe-se ser abraçado pelo Pai que tanto nos ama, apesar de quem somos e das nossas falhas. Abrace seu Pai, se relacione com Ele, ouça seus planos, deleite-se da generosidade do Pai!

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