Nossa ansiedade começou bem cedo. A França nos aguardava…
Só que não.
♫..o Neymar tchau, Neymar tchau, Neymar tchau, tchau, tchau…♪
O Brasil está na América do Sul, mas é muito diferente dos vizinhos. Mais organizado, mais maduro, mais técnico… que coisa… não deu.
O primeiro chute a gol foi dos Belgas, mas o Brasil foi presente no ataque e o Tiago manda uma bola esquisita na trave. Eram 7 minutos e estávamos confiantes.
Situação que muda 6 minutos depois, com o gol contra do Fernandinho… depois, aos 31’ veio um chute que o Marcelo quase desvia… quase… gol dos caras.
Coisas que ouvimos antes do jogo: A Bélgica tem o melhor ataque e nós a melhor defesa; A Bélgica fala alemão, francês e holandês, mas o técnico deles é espanhol; A equipe do VAR é italiana; A Bélgica é a Alemanha disfarçada, vide a bandeira.
Bem, o futebol é isso que nós vimos. Sensacionalmente imponderável!
No segundo tempo, quase acreditamos quando aos 30’ o Renato Augusto brilhou.
No nosso país nada mudou, nem mudaria: a política, a distribuição de renda, a saúde, a educação e a segurança… vão continuar iguais.
Muitas metáforas futebolísticas já foram faladas pra fazer a gente perceber a vida como ela é… e na vida, como de fato ela é, nem sempre a lógica prevalece. Me lembro (li a respeito, hehehe) da manchete do dia seguinte à desclassificação do Brasil na Copa da Espanha em 1982: “Existe uma Copa na Espanha, mas os melhores estão no Brasil”.
Acho que não leremos essa manchete novamente.
Das muitas metáforas sobre Deus, seu Reino e o futebol já ouvimos de tudo.
Poderíamos analisar, então, o Reino de Deus dentro de quatro linhas?
Se formos por este caminho, vale lembrar que a seleção Belga é conhecida como “os diabos vermelhos”. Opa, aí poderíamos pensar em uma batalha do bem contra o mal (a gente é o bem, claro).
Será que o Reino se reflete nos resultados das partidas? Deus é gol?
Deus é cortada, ponto, cesta, enterrada, set, game, nocaute, ippon, bandeirada, touchdown?
Nesses tempos, queremos explicações para tudo, algo que justifique, mesmo que seja místico ou do além. Por causa disso, acho interessante comparar o futebol e o Reino de Deus, usando o fator imponderável.
A vida é imponderável.
Falta-nos amadurecimento de fé para que alcancemos o ponto onde o inexplicável seja aceito. Infelizmente, nem todos por quem oramos e choramos serão curados, nem todas as preces atendidas. Há muito que se crescer com as derrotas, mas a gente só quer vitória.
Vitória, vitória…
Aí vem Deus e nos mostra que a partir dele, nossa lógica de espera tem de passar pelo imponderável, onde ele, Deus, se permite ser Deus. Simples assim.
Um dia, tomara logo, seremos maduros ao ponto de não se duvidar no escuro daquilo que se conheceu no claro!