“… Jesus foi a uma cidade chamada Naim, e com ele iam os seus discípulos e uma grande multidão. Ao se aproximar da porta da cidade, estava saindo o enterro do filho único de uma viúva; e uma grande multidão da cidade estava com ela” – Lucas 7:11-12
De um lado uma multidão que acompanhava Jesus; uma multidão que já havia encontrado Sua compaixão e Seu cuidado; uma multidão que já tinha encontrado o amor desse Jesus que se importa… de um lado luz, a presença de Deus, paz, salvação, vida!
Do outro lado, uma multidão marcada pela dor, pela tristeza; uma multidão que conhecia a morte, acostumada ao cortejo fúnebre; uma multidão presa a uma realidade de escuridão e lágrimas. O que une essa multidão é a dor! É a tristeza. Elas estão juntas em solidariedade a uma mulher, viúva e que agora perdera seu único filho. Eles tentavam confortar uma mulher sofrida, triste, com o coração em pedaços pelas perdas da vida! Muitas lágrimas já tinham sido derramadas pelo marido e agora, sua única companhia, sua única alegria, seu único filho, morre!
Entre elas um momento transformador… entre elas uma ponte… entre elas uma voz que precisava ser ouvida… uma voz de autoridade, uma voz de vida, uma voz de amor! Entre elas estava JESUS de Nazaré, o Salvador!
Jesus é a ponte! Ponte entre um caminho de lágrimas de alegria, ao invés de lágrimas de tristeza; ponte entre escolhas eternas, ao invés de passageiras; ponte entre a vida e a morte; ponte entre a luz e as trevas. Pois Ele “…nos resgatou do domínio das trevas e nos transportou para o reino do seu Filho amado, em quem temos a plena redenção por meio do seu sangue, isto é, o perdão de todos os pecados” – Colossenses 1:13-14
Há ainda uma coisa mais a observar: no episódio das multidões se encontram a dois filhos únicos. Um o filho único da viúva e outro o filho único de Deus! O primeiro estava morto e com certeza muito disposto a viver, mas não tinha condição nenhuma, nem de enxugar as lágrimas da mãe… nele não havia força alguma, sabedoria alguma… ele era só mais um filho amado que uma mãe perdia. O último estava vivo, mas disposto a morrer. Morrer não para que aquele garoto ressuscitasse para uma vida ainda aqui neste mundo, mas disposto a morrer para que aquele garoto pudesse ter uma vida eterna! Sem mais lágrimas, sem mais dores sem mais doenças! O filho único vivo perfeito, morreria para que você e eu pudéssemos crer na Sua cruz e na salvação que dela vem!
Ele é a ponte, ele é a conexão… Ele é o que diferencia uma multidão da outra! Onde Ele está a multidão se alegra… enquanto Ele não chega a outra multidão chora! Mas o encontro das duas multidões estranhas entre si dura pouco… dura somente o tempo das palavras poderosas de Cristo! “Garoto, levanta!”.
As multidões antes tão diferentes, agora andam juntas. As lágrimas agora compartilhadas são de alegria completa… uma mãe que recebe o único filho de volta… uma multidão que recebe a salvação através de Cristo Jesus…
Isso me lembra outra multidão! Lá não haverão duas! Lá só haverá uma!Uma grande multidão também! Cheia de alegria! Pra sempre!