É possível que as pessoas que assistiram a batalha entre Davi e Golias, tivessem uma certeza: esta batalha não vai demorar muito tempo. Parecia mais um ato de comédia do que uma batalha séria. Golias, inclusive, sentiu-se insultado ao ver Davi vindo lutar contra ele (1 Sm 17:42-43).
Golias riu quando viu Davi se aproximando para lutar contra ele, e disse que o mesmo seria entregue para ser comido pelas aves (urubu) e animais selvagens. Era um insulto para um israelita não ser sepultado. Era exatamente isto que ele queria fazer: humilhá-lo. Golias, então diz: “Vem atacar-me” ou “Vamos acabar logo com esta brincadeira”, e o amaldiçoa diante dos seus deuses. Era uma luta entre o Deus vivo e os deuses pagãos mortos.
E Davi fez logo questão de deixar claro que sua arma principal era o nome do Senhor. Ele não precisava de espada e nem de lança. Com um instrumento simples, o gingante foi morto para que o nome do Senhor fosse glorificado e temido. Era para ficar claro que Deus estava naquele negócio (1 Sm 17:45).
A vitória foi do Senhor. Davi queria que todos entendessem que havia um Deus vivo em Israel. Foi uma disputa entre o Deus verdadeiro e os deuses falsos das nações. Deus quer usar seu povo a fim de engrandecer seu nome entre as nações (1 Sm 17:46-47). Davi não lutava em causa própria.
O que o Senhor fez por intermédio de Davi ficaria registrado, seria contado por todo o mundo e traria grande honra ao nome do Senhor. “Toda a terra saberá que há Deus em Israel”, v. 46. O episódio provaria existir um Deus for e poderoso em Israel, contrastando os ídolos mortos dos pagãos.
Quando se inicia a luta, Deus guiou a pedra que afundou a testa daquele gigante. Foi um único tiro certeiro. Pronto. Sem colher de chá, isto é, sem chances de reação. A batalha acabou em dois minutos mesmos, mas não teve o desfecho esperado pelos expectadores. Golias perdeu. O problema gigantesco estava resolvido. Golias nem ficou sabendo que o aconteceu. Morreu. Aquilo que parecia algo avassalador acabou em minutos, pelo poder de Deus! Todos ficaram de boca aberta com o que Deus fizera.
Quando você milita em suas batalhas, porque o faz? É em nome de Deus que o faz? A motivação de Davi, diferente do que disse seu Eliabe, não era o orgulho, mas o próprio Deus. Ele queria que seu nome fosse glorificado em toda a terra. Esta deve ser a nossa motivação em todas as nossas batalhas, em todas as nossas ações, em tudo aquilo que fizermos, principalmente diante dos gigantes que afrontam a nossa fé e o nosso Deus. Confiamos a Deus a este ponto? Queremos ver seu nome grande através da nossa vida ou lutamos para a glória do nosso próprio nome? Pense nisso.