A MORTE DOS INOCENTES!

Justiça! Justiça! Justiça! Esse foi o som que se pôde ouvir de um grupo de homens, mulheres e crianças, com as mãos para cima, na direção de uma mulher desmaiada e muito machucada na cidade do Guarujá! Essa cidade do litoral de São Paulo, que era até então conhecida por suas belíssimas praias, agora ficará sendo conhecida, no local onde a fúria de uma população tomou forma física e fez uma vitima fatal.

A população daquela comunidade estava completamente “sedenta por justiça”! Afinal de contas, a mulher que estava ali, estava sendo acusada de sequestro e assassinato crianças! Algo precisava ser feito! Alguém precisava tomar uma atitude! Acredito que quem liderava o tomou a decisão de ir atrás daquela mulher e deu o primeiro golpe, pensou em algo assim. A população queria uma “justiça” implacável, sem direito de resposta ou qualquer tipo de apelação.

O problema é que o que foi feito não foi “justiça”, foi uma barbárie! A mulher, ou melhor, a vítima não havia feito nada, a acusação era completamente falsa e ela “pagou” por um crime que não havia cometido. Uma inocente morreu! E morreu de uma maneira brutal.

Todo esse fato me fez lembrar outra situação. Uma situação onde uma população composta por homens, mulheres e até mesmo crianças, estava “enfurecida” gritando justiça, “xingando” e atirando paus e pedras naquele homem que estava arrastando uma pesada e desajeitada cruz rumo ao Gólgota. Isso mesmo, a história dessa mulher do Guarujá me fez lembrar a história de Jesus!

Ele foi oprimido e afligido, mas não abriu a sua boca; como um cordeiro foi levado ao matadouro, e como a ovelha muda perante os seus tosquiadores, assim ele não abriu a sua boca.” (Isaías 53:7). Jesus também apanhou, foi humilhando, foi xingado, foi cuspido e pregado em uma cruz. E o que ele tinha feito? Nada! Não havia nenhuma acusação conta Jesus. Aquele homem até então só havia curado, alimentado, ressuscitado e dado esperança para aquele povo, que naquele momento estava querendo matá-lo.

Entretanto, o que difere Jesus desta mulher do Guarujá é que Ele tinha um propósito, um objetivo. Jesus foi por vontade própria para ser “linchado” e morto, para que dessa maneira, alcançássemos salvação através de sua morte. Ele sabia que essa era a única forma de livrar a você e a mim da condenação dos nossos pecados.

Na verdade, nosso Jesus sofreu muito mais que aquela mulher. Ao contrário dela, ele não perdeu a consciência, logo ele viu tudo o que aconteceu. Mesmo podendo ter desistido de tudo em qualquer momento, não o fez. E mesmo com a dor enorme e o sangue escorrendo pelo seu corpo machucado continuou em frente, sabendo o tempo todo que iria morrer. Jesus passou por tudo isso e para hoje soubéssemos o real significado de Isaías 53:5: “Mas ele foi ferido por causa das nossas transgressões, e moído por causa das nossas iniquidades; o castigo que nos traz a paz estava sobre ele, e pelas suas pisaduras fomos sarados”.

A mulher do Guarujá morreu e foi enterrada. Jesus morreu, foi enterrado, mas ressuscitou!  Aquela mulher sofreu sem nenhum propósito, apenas porque foi acusada por um crime que não cometeu, e mesmo assim, quando a gente se coloca no lugar dela  ficamos indignados. Jesus morreu para que tivéssemos esperança, e nas muitas vezes que ouvimos (através das mensagens e letras dos louvores) sobre o sacrifício de Jesus,  ficamos indiferentes, chegando a mostrar um certo cansaço pelo assunto que para nós é repetitivo. Ouvir a respeito da morte de Jesus na cruz tem que nos incomodar, tem que chegar no nosso coração e doer, tem que nos deixar pensativos;  porque foi a morte deste inocente que nos deu a esperança de uma vida eterna! Temos que viver esse sacrifício diariamente para que a gente consiga mostrar para todo mundo que a  morte de Jesus na cruz não foi em vão, mas foi para que a humanidade tivesse esperança.

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