A crise política e econômica no Brasil com consequências pesadas para tantas famílias que experimentaram o desemprego e empresas que viram seus lucros virarem prejuízos. A vitória do Trump nos Estados Unidos que assusta mercados e uma sociedade liberal que rejeita as posições radicais do mega empresário presidente da América. A morte de um ator que participava de uma novela de grande audiência em circunstâncias tão banais, ao mesmo tempo em que se mostrou cercada de coincidências com a própria estória da qual era intérprete. E, com toda certeza a mais trágica das notícias do ano, ser acordado ainda de madrugada por mensagens assustadas de Whatsapp que davam conta da queda de um avião com toda a delegação da Chapecoense e jornalistas brasileiros em território colombiano.
A essa lista poderiam ser acrescentadas suas batalhas pessoais, familiares, no ambiente da igreja ou da comunidade onde você mora. Um ano para se esquecer, diriam muitos! Um ano que teima em não acabar com delações de uma grande construtora que parece diminuir o gosto pelas festas e pelo encontro familiar tão comum nas semanas finais de qualquer ano. Para que você tenha ideia, em minha cidade, numa noite escura de sábado para domingo, estava pronto para sair de casa em viagem com minha família e uma queda de energia nos impediu de tomar o elevador. Domingo pela manhã, quando finalmente saímos para nosso passeio a uma cidade vizinha, nos sentimos em uma cena de filme catástrofe. Ruas literalmente destruídas, devido à passagem de algo como um tufão que fez estragos de proporções assustadoras e desconhecidas até então para nossa vizinhança.
Talvez, e ao contrário do relatado até aqui, você pode ter muitas coisas boas para lembrar e contar de 2016. Eu tenho: o ministério com a juventude no Brasil pregando a iD.essencial, o nascimento do meu segundo filho, o batismo no Espírito Santo, completar 10 anos de casamento ao lado da mulher que amo. Com certeza ainda me lembraria de outros momentos.
Enfim, não sei se você tem mais motivos para querer esquecer ou guardar na memória 2016. Independente da sua decisão, o mais importante seja refletir quais lições podem ser aprendidas em um ano como esse e, também, o quanto sua fé se desenvolve a ponto de conseguir permanecer confiante e grato a Deus por se sobrepor a tudo isso soberanamente. Se essa é a lição, resta continuar a perguntar: Senhor, eu estou aqui, no meio desse mundo em tamanha confusão. Qual a minha essência, qual meu propósito, onde e como o Senhor quer me usar? Se você ainda faz essa pergunta, resta uma oração que te convido a fazer junto comigo para terminar esse ano (in)esquecível: Pai de amor e misericórdia, te louvo e agradeço por todas as coisas e circunstâncias que vivi, pois creio que o Senhor me levou a refletir e ver a vida com outros olhos a partir de muitas delas. Em 2017, espero que o Senhor conceda saúde e bênçãos a mim, minha família e ao teu povo espalhado pelo mundo. Agora, mais que isso, espero te conhecer mais, descansar em ti mais e cumprir teus propósitos para minha vida. Afinal, assim tenho entendido: viver a tua vontade pode tratar-se de uma aventura com grandes perigos e desafios, mas isso é viver de verdade e encontrar paz e alegria verdadeiras. Encoraja-me e me ajuda, pois sou fraco e falho e sem Ti nada posso fazer, mas mesmo assim, permita-me ser usado por Ti e que eu possa ser cada dia mais aquilo que o Senhor preparou. Confio em Ti e me entrego em tuas mãos. Não sei o que vem pela frente, mas estou em paz se o Senhor estiver ao meu lado, ou melhor, se eu estiver ao Teu lado, vivendo e cumprindo a tua missão através da minha vida, meu trabalho, meus dons e talentos. Em nomes de Jesus, amém!
Em nome do ministério de jovens da Igreja Adventista da Promessa, te desejo um ano de encontros com aquele que sabe quem você é e o que quer de você, o único e incomparável Jesus Cristo! Nesses termos, aproveite e curta sua família e amigos nesses últimos dias de 2016 e um feliz 2017!
Por Junior Mendes – diretor FUMAP
