O que você faria se descobrisse que tem pouco tempo de vida? Provavelmente iria querer fazer tudo o que não fez, durante toda a sua existência no pouco tempo de vida que lhe restasse. Mas será que hoje em dia não nós comportamos exatamente dessa maneira? A impressão que eu tenho é que as pessoas vivem o dia de hoje como se não houvesse um amanhã. Por exemplo, quando vejo pessoas em um fast food, percebo que elas comem com uma velocidade e em uma quantidade que parece que estão se preparando para um grande período de fome. Hoje em dia as pessoas parecem que querem aproveitar de uma vez tudo o que a vida pode oferecer. Já ouvi inúmeros relatos de pessoas que viajaram para outros países, que mal tinham tempo de aproveitar a cidade onde estavam, pois tinham que ir para outros lugares para poderem “conhecer” e tirar inúmeras fotos para postar em seu perfil do facebook.
Na verdade aproveitar a vida é a ordem do momento! Experimentar sabores exóticos dos mais diferentes tipos de bebida alcoólica. Vivenciar todas as sensações (sejam elas resultados dos diferentes tipos de luzes, ação de determinados tipos de drogas ou da mistura de ambos) que uma festa rave pode oferecer em uma madrugada. Provar dos diversos tipos de sexualidade que se conhece, seja com uma pessoa de sexo diferente ou do mesmo sexo. Viver um relacionamento aberto, onde o parceiro pode ter qualquer tipo de outro relacionamento com outra pessoa sem que isso atrapalhe o relacionamento dele com o seu parceiro de fato, justificando, equivocadamente, para si mesmo que está é uma maneira e verdadeira e honesta de se amar alguém.
O fato é que propagandas, filmes, livros e personalidades famosas que exaltam este tipo de “filosofia” são cada vez mais frequentes e convincentes. Tão convincentes que, querer viver o dia de hoje como se não houvesse amanhã, já faz parte de nossa cultura secular, e isso pode ser visto através de vários acontecimentos como, por exemplo, os casamentos-relâmpagos, que já não são exclusividade dos famosos e que têm acontecido com cada vez mais frequência.
Em 1 Pedro 4:1-2 está escrito: Ora, pois, já que Cristo padeceu por nós na carne, armai-vos também vós com este pensamento, que aquele que padeceu na carne já cessou do pecado; Para que, no tempo que vos resta na carne, não vivais mais segundo as concupiscências dos homens, mas segundo a vontade de Deus. Lemos neste texto que o apóstolo Pedro está nos lembrando de que na qualidade de cidadãos do Reino, nós somos desafiados a “andar na contramão” da cultura de nossa sociedade neste mundo, da mesma forma que Cristo o fez. Pedro nos diz que o sacrifício de Cristo na cruz deve fazer parte de nossos pensamentos, em outras palavras, a Cruz de Cristo deve estar o tempo todo na nossa cabeça! Esta é a marca da identidade do cidadão do Reino.
Não devemos mais viver segundo o desejo mundano, mas sim segundo a vontade de Deus. E é claro que isso não é algo simples. Viver lembrando-se do sacrifício de Cristo na cruz é uma luta constante da carne contra o espirito. Uma luta sem trégua, uma luta injusta, uma luta que não venceremos por nós mesmos, somente com a ajuda do Espirito Santo. Essa batalha consiste acima de tudo em lutar contra o pecado escondido, aquele que a própria família desconhece, ou que eu ignoro, e até mesmo, parece passar despercebido de Deus (muitas vezes, a gente acha que isso é possível).
Pedro ainda nos diz: O fim de todas as coisas está próximo. Portanto, sejam criteriosos e sóbrios; dediquem-se à oração. Sobretudo, amem-se sinceramente uns aos outros, porque o amor perdoa muitíssimos pecados.(1 Pedro 4:7-8). É exatamente esse o nosso desafio: Viver! Viver de maneira equilibrada, sabendo diferenciar o certo do errado (não existe meio certo). Viver em santidade, de joelhos aos pés de Cristo. Viver amando uns aos outros, demonstrando o verdadeiro amor e se permitindo a amar o pecador (não o pecado) sem qualquer preconceito. Pois é através da Palavra de Deus anunciada com esse amor é que um pecador, seja ele um homossexual, uma prostituta, um drogado ou um assassino, conseguirá ser resgatado das garras do pecado e ter uma nova chance de vida e de vida eterna.
Por tudo isso, não viva o hoje como se não houvesse amanhã. Viva o hoje! Viva-o para agradar a Deus e fazer sua vontade. Seu “hoje” deve ser governado por ele. Amanhã? Sempre haverá para aqueles que têm Cristo Jesus em seu coração. Fique tranquilo. Aliás, se isto acontecer, será o melhor amanhã que já tivemos na vida!