Dentre as coisas mais absurdas de que já tive conhecimento nos poucos anos de vida que me foram confiados até aqui, está é, talvez, uma das que mais me chamou à atenção. Quando olhei a reportagem, fiquei impressionado com o grau de perversão e imoralidade que o ser humano pode chegar. Bem sei que o pecado, ao dominar alguém, pode levá-lo a praticar coisas horrendas e isso é dito o tempo todo nos púlpitos das igrejas. Mas ainda assim, há fatos que conseguem me surpreender. Pois bem, o fato do qual me refiro foi notícia no site do Terra. Eis um trecho da reportagem exibida no dia 18 de setembro de 2012:
“Como a maioria das adolescentes, Catarina também sonhava ter a primeira experiência sexual com um grande amor. Hoje, aos 20 anos de idade, cansou de esperar e está leiloando a virgindade na internet. Os lances começaram ontem [17 de setembro de 2012] e, já no primeiro dia, a oferta chegou a 35 mil dólares australianos (aproximadamente R$ 74,5 mil)“.[1]
Sentiu o drama? É ou não é de deixar um bom cristão boquiaberto? Isso, para mim, era coisa de filme, novela, ficção. Mas estava equivocado em minha imaginação. Isso é vida real, infelizmente. O sábio apóstolo escreveu há cerca de dois mil anos atrás: Sabe, porém isto: nos últimos dias, sobrevirão tempos difíceis (2 Tm 3:1). Estamos vivendo tempos difíceis. Negar isso é tentar deixar de enxergar o óbvio. O leilão da promiscuidade está ai, e muitos são os que o patrocinam.
Catarina justifica a sua atitude: “Vejo isso como um negócio. Tenho a oportunidade de viajar, fazer parte de um filme e conseguir uma gratificação com isso”, disse ela. Perceba: dinheiro, curtição e fama são conceitos explícitos nas palavras da jovem e, assim como ela, muitos são os que perseguem esses fins, a qualquer custo. Isso é suficiente (ao menos na visão de pessoas como Catarina) para se justificar o repúdio e o massacre aos valores morais tão amplamente defendidos pela Escritura.
No mundo da promiscuidade, valoriza-se o sexo banalizado, não a pureza; a traição a um cônjuge, não a fidelidade no casamento; a pedofilia, não o bem estar dos pequeninos. Nesse mundo sombrio com cara de modernidade, a Bíblia não passa de um livro chato de histórias. As revistas pornôs são mais interessantes. Porém, o que ninguém fala é que, nesse mundo, quem paga pelo prazer, o faz para a própria decepção. Logo verá que fez besteira. Estes podem ganhar o mundo inteiro e, ao mesmo tempo, se perder (Mt 16:26).
Os súditos do Reino de Deus, porém, agem de modo diferente porque têm um pensamento diferente. Estes já se tornaram novas criaturas! Para eles, a fidelidade e não a traição é mais importante; o sexo é encarado não com banalidade, mas com seriedade. Eles não vendem o corpo nem a consciência, pois vivem para glorificar a Deus. O lucro para eles não é o dinheiro, a curtição ou a fama, mas morrer por Cristo. Identificam-se com a cruz, com a coroa espinhosa, com os pregos, com o calvário, mas, acima de tudo, com o inocente crucificado. Não mais estão mortos em seus delitos e pecados e rejeitam, convictamente, a promiscuidade. São santos e amados por Deus.
Os súditos do Reino são a clara demonstração de que o domínio de Deus é real e transformador; de que há sal e luz no mundo putrefato e tenebroso. Se há algo que muito me traz alegria é saber que o reino de Deus está entre nós e que eu faço parte deste Reino. E você?
Paz de Cristo.