Nosso primeiro dia no Peru

O primeiro dia do Missões Radical Peru foi um choque de realidade cultural e de uma impactante experiencia com Deus.

Depois de um almoço muito gostoso preparado com muito carinho, tivemos o devocional com o Pastor André. Ele nos passou um breve relato sobre os desafios da cultura peruana, do ecumenismo muito presente na vida religiosa do povo peruano, marcado principalmente pelo legado das civilizações que por aqui estiveram. Também contou sobre o histórico da igreja e o tamanho de seu desafio, suas lutas e objetivos para o futuro. Ah! Ele também ministrou uma palavra que marcou muito todo o grupo, mas quero deixar para falar sobre isso no final, porque Hebreus 13:12 e 13 tem tudo a ver com o que trato a seguir.

Antes de nos informar sobre tudo, o Pastor André pediu que fizemos nossas apresentações e falássemos um pouco sobre cada um de nós. E esse é o detalhe principal desse primeiro dia do Missões Radical. Ao ouvir os relatos, pudemos sentir claramente que as pessoas estão aqui por motivos pessoais tão distintos e ao mesmo tempo tão ligados entre si. Gente que trouxe uma bagagem de vida para cá, suas frustrações, seus problemas, suas angustias, suas histórias de superação e cura. Ouvimos, por exemplo, o relato de uma jovem que só entendeu o valor que tem a vida de alguém quando outro alguém se foi. Ela descobriu o quanto deveria se doar e fazer missão aos que estão perto, mais próximos, antes que seja tarde. E o mais legal é que ela tem feito!

Fomos questionados sobre qual era a expectativa que tínhamos sobre a nossa vinda. Todos falaram sobre isso e o que ficou nítido foi a vontade de doar e de deixar algo aqui, viver um tempo novo com Deus e levar tais experiencias para casa.

E sobre a mensagem? Vamos ao texto de Hebreus 13:12 e 13: Por isso, para santificar o povo por meio do seu sangue, Jesus também sofreu fora da porta da cidade. Saiamos, pois, até ele, fora do acampamento, levandro a afronta que ele sofreu. O acampamento é bom, tem cama e chuveiro quente (não é, Tom Dias? Rsrs). Se ficássemos aqui sendo ministrados e adquirindo conhecimento seria muito bom, algum proveito teria, mas não isso não é o principal. Quando nos inscrevemos para o projeto, pensávamos em fazer missões e falar do evangelho de Jesus Cristo ao povo peruano, levando até ele a mensagem do homem da Cruz. O problema é que tal como o Pastor André nos disse em sua reflexão, quando o autor aos Hebreus faz o convite para que saiamos até ele (Jesus), o recado é claro. Venham até mim, eu já estou aqui fora do acampamento em missão. Fica claro e evidente que fomos chamados para fora do arraial, onde Cristo já está esperando que saiamos e façamos o que ele fez: missão!

O autor aos Hebreus diz no versículo 14: Pois aqui não temos cidade permanente, mas buscamos a que virá. Nossas ações aqui não visam o resultado prático da vida na terra tão somente. Nossa esperança está firmada em Cristo e é por ela que nos movemos. Cidadãos do reino, que aguardam pela vida plena, e que enquanto ainda não a temos, seguimos saindo para fora do arraial, ao encontro do Deus em missão.

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