A “banalização” da glorificação a Deus

Banalização entre muitos significados é o ato de tornar comum, corriqueiro algo que merece total atenção. Certamente, seria tratar de maneira errada, algo deveria ser tratado de forma muito séria.

Podemos, por assim dizer, que Paulo, o apóstolo, estre aspas, “banalizou” a glorificação a Deus. Não de maneira errada. Fez isso de maneira positiva, pois, ela não é restrita a teólogos e pastores ou ao templo. Aos cristãos da cidade de Coríntios ele confirmou isso: “…seja comendo, seja bebendo, seja fazendo qualquer outra coisa, fazei tudo para a glória de Deus” – (I Co 10.31).

Mas, o que seria dar glória a Deus? Mas, o que seria a glória de Deus? Segundo o teólogo John MacArthur: “Ela é a soma de quem Ele é – a soma de Seus atributos e de Sua natureza divina.” Lendo de novo o que Paulo disse, percebemos esse desejo de que Deus, em tudo, tenha sua glória refletida pelos cristãos.

Do culto no templo, onde a igreja se reúne as pizzas de sábado à noite; da Ceia do Senhor ao Big Mac. Da escola bíblica aos jogos de futebol. Da roupa de ir para o culto, à roupa de sair para outros lugares. Da leitura da Bíblia aos acessos à Internet. Da ida ao pequeno grupo, a ida ao cinema. Do namoro ao casamento. Da comunhão dos santos à amizade com a galera do trabalho. Dos cultos familiares às idas à praia. Enfim, tudo deve ser feito para glorificar ao Senhor.

Essa “banalização” da glorificação a Deus, por parte de Paulo, orientado pelo Espírito, nos compromete naquilo que acontece comunitariamente, quando nos reunimos em nome de Jesus, ou separadamente, quando somos membros do Corpo de Cristo (I Co 12:27).

Na teologia bíblica, tanto o templo como a casa, são lugares autênticos da manifestação da fé. Afinal, se somos nós o templo do Espírito (I Co 3:16), não existe momento sem estar na presença de Deus, aliás, agora que por causa da morte de Cristo, a cortina que nos separava da presença de Deus foi rasgada no Templo, mostrando que por meio de Jesus, podemos entrar na presença de Deus em qualquer lugar (Hb 10:19-20), que um cristão pode estar, é momento de glorificar a Deus.

Como disse o Pr. Ed René Kivtz, com essa visão, “não banalizados a adoração. Não! Nós elevamos as rodadas de pizza ao sagrado”. Portanto, a “banalização” da glorificação a Deus, nos faz perceber que o ambiente onde estamos com Deus é o ambiente onde, sendo ele coerente com nossa fé, estamos cultuando ao Senhor.

O “amém” do encerramento do culto comunitário é só o encerramento da celebração coletiva. Como disse a teóloga e minha irmã, Ana Cristina Soares, ao final de um culto congregacional, após despedir a igreja com a última oração: “bom culto a vocês! Ele só começou!”. Afinal, qualquer coisa deve trazer glória ao Senhor.

, ,
Post anterior
“Cambia tu mundo” – FUMAP na Argentina
Próximo post
O Amor de Deus – trilogia

Posts Relacionados

Você precisa fazer o login para publicar um comentário.
Menu
X