Ficar um mês sem falar com ninguém, não fazer as refeições com a família por semanas, sair de casa e não dar “satisfação” a ninguém, não atender ao celular quando os pais (e qualquer pessoa da família) ligam para saber onde está. Esses comportamentos são uma espécie de continuação do comportamento da criança que chora, no supermercado, quando a mãe se recusa a comprar o doce apontado na prateleira. Esse comportamento é a famosa “birra”.
O ser humano é ótimo em fazer birra. Começamos cedo, na verdade, quando testemunho algumas “birras” tenha a impressão que já nascemos com esse comportamento, porque em todos os lugares, independentemente da língua ou cultura, esse comportamento aparece. Enfim, nascendo com ele ou não, fazemos birra quando criança, adolescentes e até mesmo quando adultos. Fazemos com nossos pais, cônjuge, como o líder do ministério onde atuamos na igreja, com o pastor e até mesmo com Deus.
Com o cônjuge, nos vemos aos gritos e com os olhos completamente vermelhos, quando ele não faz algo do jeito que nós queríamos. Tiramos satisfação, “cheios de razão”, com o líder do ministério onde servimos, quando esse líder não nos deu o devido valor (ou não mirou o holofote em direção a nós) pelo nosso “brilhante” serviço. Quando deixo de participar das programações da igreja porque o pastor, “injustamente” e “muito equivocadamente”, não nos confiou à liderança de um determinado ministério ou simplesmente não nos colocou na escala de mensageiros do mês. Deixamos de orar, ir à igreja e até mesmo de pensar em Deus quando, Ele não nos deu a benção que achamos que estava “reservada”, para nós.
Somos birrentos sim! Nos enxergamos como o centro do Universo e qualquer um que venha nos mostrar algo diferente disso, simplesmente “xilicamos”. Queremos que Deus nos veja como tal, como o ser humano mais importante do planeta, como a pessoa mais especial da História da humanidade. Definitivamente, nos achamos o famoso “umbigo do mundo”.
Em Isaias 55, versículos 8 e 9 está escrito o seguinte: “Pois os meus pensamentos não são os pensamentos de vocês, nem os seus caminhos são os meus caminhos’, declara o Senhor. ‘Assim como os céus são mais altos do que a terra, também os meus caminhos são mais altos do que os seus caminhos e os meus pensamentos mais altos do que os seus pensamentos’“.
O texto bíblico é claro, é Ele que é importante e não nós. A nós só nos cabe apenas aceitar (e aproveitar) a Sua vontade em nossas vidas. Em outras palavras, nós somos o barro, Ele é o oleiro. Ou se preferir, somos as ovelhas, Ele é o Pastor. Talvez fique para você melhor pensar, que somos os ramos, Ele a videira. Ou talvez seja mais técnico pensarmos, que somos os receptores, Ele é o doador. Definitivamente uma coisa é certa Ele é Deus. E precisamos entender isso de uma vez por todas. Fazer birra com Deus nunca funcionou e nunca vai funcionar.
Não acho que haja algo errado em dizer que não entendemos por que as coisas não acontecem na vida ou que estamos tristes, até decepcionados, com certas circunstâncias. Até mesmo, é normal perguntar o porquê que as coisas não dão certo. Mas dizer que você está bravo com Deus é que não faz sentido algum.
Saiba que você não é o centro do Universo, e sim o próprio Deus. Mas você é o centro do amor deste Deus. Lembre-se que ele mandou seu filho Jesus para morrer na cruz por você para que você fosse considerado seu filho. Logo aprenda a confiar na soberania de Deus e peça a Ele que você veja a realidade pela lente Dele e aí você perceberá o quanto Ele te ama e o quanto Ele têm cuidado de você.